quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tempos diferentes

Sei que pode soar um pouco deprimente, mas a verdade é que não me lembro a ultima vez que soltei uma gargalhada. Nem me lembro de quanto prazeroso é. E pode saor ainda mais triste, mas outro fato: não são tempos fáceis.

Dia após dia algumas lições vêm sendo dadas de uma maneira que, creio eu, poderiam ser mais sutis. Talvez o soco doa mais no lutador que segue a caminho do nocaute. Será que sou tão dificil de ensinar? Será que esse “curso” não terá um fim?

Talvez esteja aí o ensinamento para buscar de volta o prazer na vida. Voltar a viver, e não apenas sobreviver. Redescobrir, reinventar, recriar, reciclar... Enfim: o que for eficaz.


O prazer está por aqui. Eu sei.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

TRABALHO É O QUE ACONTECE ENTRE UM CAFEZINHO E OUTRO

Conectado pelo face, twitter, whatsup, skype, linkedin, gmail, igmail, blogger, bankline. Ralhando contra o lixo eletrônico, contra os operadores de telemarketing, contra a 381, contra a política dualista inercial, contra a diminuição gradual do espaço da arte e cultura, contra o texto, que virou hiper texto, que diminuiu pra 140 letras no twitter, que virou fotinha no orkut e face, que virou monossílaba no whatsup. No futuro, todas as comunicações serão monossilábicas. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CAFÉ PAUSE

A gente segue na rotina, discute, escreve, apaga, faz contas, telefona, anota, envia emails, lê notícias na net, carrega e recarrega o cérebro, pragueja, reclama da vida, xinga a menina do call center, atende ligações de vendedores de cartões de créditos e planos de celulares,  e...pausa para um cafezinho. Se houver espaço para um cigarrinho então, fica bom demais pra muita gente. Eu já sou mais do cafezinho puro mas as vezes fumo por tabela, pois conversa de fumante é boa. Rola uma fofoca da hora, o último barraco, o planejamento do próximo feriado, algumas conspirações e um certo charme privé de quem está fazendo algo velado. Depois é apertar o start e mais ralação até o próximo pause.  

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Meu herói é atleticano

Não é novidade dizer que o meu pai tem grande parcela de responsabilidade do meu caráter. Homem trabalhador, honesto, emotivo, solidário e forte, muito forte. Ele me ensinou muitas coisas importantes. Não cabe fazer uma grande lista. Mas uma das coisas mais bacanas que ele me transmitiu foi o gosto pelos esportes.
Apaixonado por futebol, sempre me colocava ao lado dele para assistir a futebol. Seja Real Madrid x Barcelona ou Remo x Ceará. Lembro como se fosse anteontem: em uma noite como qualquer outra, perdi o sono. Ouço o barulho da TV. Chego à sala e lá estava ele em plena madrugada assistindo São Paulo x Milan. Em 1993.

Ele também sempre me passou a ideia que o esporte sempre foi uma forma de formação de cidadania e respeito com o outro. Ele, atleticano “doente”, sempre respeitou e até me incentivou nos jogos do Cruzeiro. “Vai lá assistir seu time.” Seu sorriso no rosto a ver o filho feliz com um brinquedo estrelado sempre está na minha memória.

Meu pai é um herói, é um gênio. Meu grande exemplo. Adoro jogar futebol fazendo desarmes, de tanto ver o ‘velho’ atuando com a camisa 4 nos campos. Por isso também durante meus 13 anos de handebol, a número 4 era presença constante no meu uniforme.

Entre tantos outros símbolos, ele sempre será sinônimo de fair play. Ele é o real motivo de ver o futebol como celebração da paz. Ele é o real motivo de eu ter ficado feliz com a Copa Libertadores do Atlético comemorando. Quem mais ligaria para um cruzeirense naquele dia sem brincadeirinhas?


Quanto Cruzeiro e Atlético assistimos juntos! Como lembro as histórias de 71 e, principalmente, de 77! Ele sempre no Mineirão. Em 2005, não ri do rebaixamento por ele. Em 2006, os sábados a tarde eram dele. O Atlético 4 x 0 no Cruzeiro, não passou de uma vitória normal. Assim como as outras goleadas que aplicamos. Assisti à final da Libertadores só pensando nele. Vi que não torcer contra aquele time que jogava um futebol maravilhoso já era uma grande demonstração de respeito.